A realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) em Belém, marcada para novembro de 2025, está transformando a capital paraense em um imenso canteiro de obras. Com investimentos que já ultrapassam R$ 5 bilhões, a cidade passa pela maior transformação urbana de sua história, preparando-se para receber cerca de 50 mil participantes de todo o mundo.
O pacote de obras inclui a reforma e ampliação do Aeroporto Internacional de Belém, que terá sua capacidade triplicada, podendo receber até 15 milhões de passageiros por ano. O novo terminal, com design inspirado na arquitetura amazônica, contará com tecnologias sustentáveis como painéis solares e sistema de captação de água da chuva.
A mobilidade urbana recebe atenção especial com a construção do BRT (Bus Rapid Transit) Metropolitano, que ligará o aeroporto ao centro de convenções em apenas 25 minutos. O sistema, com 32 quilômetros de extensão e 28 estações, utilizará ônibus elétricos produzidos no Brasil, marcando o compromisso do evento com a sustentabilidade.
O complexo de eventos está sendo erguido no Parque da Cidade, uma área de 500 hectares que combina espaços para conferências com a preservação da floresta urbana. O pavilhão principal, com capacidade para 20 mil pessoas, está sendo construído com madeira certificada da Amazônia e terá o maior telhado verde da América Latina.
A rede hoteleira de Belém passa por expansão sem precedentes. Quinze novos hotéis estão em construção, adicionando 8 mil leitos à capacidade atual da cidade. Redes internacionais que nunca operaram na região Norte estão investindo em empreendimentos de luxo, enquanto pousadas familiares recebem financiamento para modernização.
O legado social da COP30 já se faz sentir. Mais de 30 mil empregos diretos foram criados nas obras, com prioridade para mão de obra local. Programas de capacitação em idiomas, hospitalidade e conhecimentos sobre mudanças climáticas preparam 50 mil profissionais para atender os visitantes.
As comunidades ribeirinhas do entorno de Belém estão sendo integradas ao evento através do programa ‘COP dos Povos’. Investimentos em saneamento básico, energia solar e internet via satélite beneficiam 200 comunidades, que poderão receber visitantes interessados em conhecer o modo de vida amazônico tradicional.
A segurança recebe investimento de R$ 500 milhões, com a instalação de 5 mil câmeras inteligentes, centro integrado de comando e controle e treinamento de 10 mil agentes. Drones e embarcações especiais farão o patrulhamento dos rios, garantindo a segurança em toda a região metropolitana.
O Porto de Belém passa por revitalização completa, transformando-se em complexo turístico e cultural. Armazéns históricos abrigarão museus, restaurantes e espaços para exposições sobre a Amazônia. Um terminal para navios de cruzeiro permitirá que participantes da COP cheguem por via fluvial, reduzindo a pegada de carbono do evento.
A infraestrutura digital não foi esquecida. Belém terá cobertura 5G completa até a COP30, com investimentos de R$ 300 milhões das operadoras. Data centers com tecnologia de ponta garantirão a transmissão em tempo real dos eventos para todo o mundo, permitindo participação virtual de milhões de pessoas.
O impacto ambiental das obras está sendo cuidadosamente monitorado. Cada árvore removida resulta no plantio de dez mudas nativas. Materiais de construção são prioritariamente adquiridos de fornecedores locais com certificação ambiental. Estima-se que a pegada de carbono das obras será compensada em 200%.
Para além da infraestrutura física, Belém se prepara culturalmente para o evento. Festivais, exposições e apresentações artísticas celebrarão a riqueza cultural amazônica. Artistas locais estão criando instalações permanentes que transformarão a cidade em galeria a céu aberto sobre mudanças climáticas.
O legado da COP30 promete transformar permanentemente Belém e a região amazônica, posicionando a cidade como centro global de discussões sobre clima e sustentabilidade para as próximas décadas.
Fonte: Governo do Estado do Pará