Em tempos em que a produção de alimentos precisa caminhar junto com a preservação da natureza e com a geração de renda para quem planta, histórias como a de Antonio Maurício Baldin ganham cada vez mais força e significado. Natural do Paraná, ele é mais do que um produtor rural: é administrador de empresas, técnico em meio ambiente, pesquisador, educador e um verdadeiro apaixonado por transformar a vida de pequenos agricultores através de ideias simples, viáveis e profundamente humanas.
Nos últimos anos, Antonio tem se tornado uma referência nacional quando o assunto é empreendedorismo orgânico e turismo rural sustentável. Ele acredita que é possível viver bem da terra, respeitando seus ciclos, cuidando das pessoas e criando oportunidades onde antes só existiam dificuldades. Um dos exemplos mais claros disso é o sistema de agroturismo que ele mesmo criou e colocou em prática em sua chácara no interior paranaense. O projeto nasceu da necessidade de enfrentar um dos maiores desafios do campo: os períodos de entressafra, quando a produção para e o dinheiro também.
Ao invés de cruzar os braços, Antonio abriu os portões da sua propriedade para a cidade. Hoje, famílias, estudantes e curiosos visitam seu espaço para viver experiências reais no campo. Ali, aprendem sobre cultivo de alface hidropônica, colhem morangos orgânicos direto do pé, conhecem de perto o cuidado com as galinhas que produzem ovos livres de químicos, e descobrem como é possível produzir comida limpa, com respeito à natureza e à saúde. Mais do que turismo, o que ele entrega é um convite ao bem-estar e à reconexão com o alimento.
Esse movimento tem gerado impacto direto na renda de pequenos produtores da região. Inspirados por sua iniciativa, muitos passaram a adotar práticas sustentáveis, abrir suas propriedades para visitas e agregar valor aos seus produtos. A ideia simples de levar a cidade para o campo está mudando vidas, dando nova cara ao interior e criando pontes entre dois mundos que sempre dependeram um do outro.
Além de toda essa atuação prática, Antonio também se destaca como pesquisador e pensador do novo agro brasileiro. Seus artigos científicos vêm sendo lidos e debatidos por profissionais da área, estudantes e gestores públicos. Ele escreve sobre temas como certificação orgânica, comercialização de produtos naturais e estratégias de mercado para agricultores de pequeno porte. Seus estudos mostram que é possível produzir com qualidade, vender com inteligência e ainda manter o compromisso com a terra.
Entre seus trabalhos publicados, estão artigos como “Os desafios da certificação orgânica para pequenos produtores”, “Como vender mais no mercado de alimentos saudáveis” e “Tendências do futuro na agricultura orgânica”. Todos têm em comum uma mensagem clara: a agricultura familiar pode — e deve — ser valorizada como base para um futuro mais sustentável, próspero e saudável.
Hoje, Antonio Maurício Baldin é procurado por instituições de ensino, cooperativas, prefeituras e órgãos públicos interessados em conhecer seu modelo. Sua chácara virou exemplo. Seu nome, referência. Mas ele continua com os pés no chão — literalmente. Recebe visitantes com simplicidade, compartilha saberes com generosidade e segue acreditando que o agro pode ser mais humano, mais limpo e mais justo.
Num país que ainda carrega tantas desigualdades no campo, histórias como a dele não só inspiram — elas ensinam. E mostram que o futuro do agro brasileiro talvez não esteja só nas grandes lavouras, mas também em pequenas chácaras como a de Antonio, onde sementes de um novo jeito de produzir estão germinando com força, propósito e esperança.
